Histórico do Mestre Allan Kardec
1804 - León Hippolyte Denizart Rivail
(Allan Kardec) nasce
às 19:00hs do dia 3 de outubro, na cidade de Lion, onde iniciou
seus estudos.
às 19:00hs do dia 3 de outubro, na cidade de Lion, onde iniciou
seus estudos.
1820 - Em Yverdun, Suíça, é aluno do famoso mestre
Pestallozzi, a quem substitui, às vezes, na direção da escola.
1822 - Torna-se mestre, bacharelando-se em Letras e
Ciências; doutora-se em Medicina e Lingüística; fala
corretamente alemão, italiano, espanhol e holandês.
1824 - Funda em Paris, na rua Séveres, 35, uma escola
idêntica à de Pestallozzi, em sociedade com um tio.
1828 - Passa a publicar obras didáticas, até 1848.
1829 - Publica o Curso Prático e Teórico de Aritmética,
de acordo com o método Pestallozzi.
1830 - Publica a Gramática Francesa Clássica.
1832 - Casa-se no dia 6 de fevereiro, em Paris, com a
senhorita Amélie Gabrielle Boudet, nascida a 23 de novembro
de 1795.
1835 - Seu tio e sócio o leva à ruína. Com a liquidação da
escola, aplica o dinheiro que lhe coube na partilha (45.000
francos) em conjunto com um amigo íntimo, negociante, que
também vai à falência, nada deixando aos credores. Trabalha,
então, como contador de três firmas; faz traduções, organiza
cursos gratuitos e ministra aulas.
1846 - Elabora o Manual dos Exames, para obtenção dos
Diplomas de Capacidade, e o Catecismo da Língua Francesa.
1849 - E professor do Liceu Polimático, lecionando
Filosofia, Astronomia, Química e Física. Publica várias obras
que são adotadas pela Universidade da França.
1854 - Dedica-se aos estudos do magnetismo até 1855.
afirmando publicamente sua posição de positivista.
1855 - No dia 25 de março, pela comunicação do "Espírito
Verdade", é-lhe transmitido o pseudônimo de Allan Kardec,
nome de um antigo druida.
1857 - Edita O Livro dos Espíritos, em 18 de abril.
1858 - Reedição de O livro dos Espíritos. Aparecimento
do primeiro número da Revista Espírita, logo em janeiro.
Fundação da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, em
1o de abril.
1859 - Publica O Que é o Espiritismo ?
1860 - Confirmação do "Espírito Verdade" como guia de
Allan Kardec. Reeleito presidente da Sociedade Parisiense
de Estudos Espíritas. Viagem de propaganda à região de
Lion, incluindo Sens e Macon.
1861 - Nova viagem a Sens, Macon e Lião. Em
Barcelona, a 9 de outubro, num ato-de-fé (inquisição), um
bispo queima mais de 300 obras espíritas, a maioria de Allan
Kardec. Edição de O Livro dos Médiuns, na primeira
quinzena de janeiro.
1862 - Publica o histórico do espiritismo: O Espiritismo
em Sua Mais Simples Expressão e Refutação de Críticas
contra o Espiritismo. Em setembro e outubro, empreende
outra viagem de propaganda do espiritismo (Lion e
Bordéus).
1864 - Edita, em abril, O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Viagem à Bélgica (Antuérpia e Bruxelas).
1865 - Edita nova obra em 1o de agosto: O Céu e o Inferno
ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo.
1867 - Curta viagem a Bordéus, Tours e Orleans.
1868 - Publica A Gênese e Os Milagres e as
Predicações Segundo o Espiritismo, em janeiro.
Reestruturação da Sociedade Espírita.
1869 - Falece em Paris, na Rua Santana, 25 (Galeria
Santana, 59), aos 65 anos de idade, vítima de aneurisma
cerebral, no dia 31 de março. Publica-se Obras Póstumas,
obviamente depois da sua morte.
1883 - Aos 21 de janeiro, morre sua esposa, com 89 anos,
sem deixar herdeiros diretos.
O espiritismo no mundo
Em certo sentido pode-se afirmar que o espiritismo é uma
das religiões mais antigas do mundo. E pode-se dizer mais, que a
primeira sessão espírita se realizou no jardim do Eden, quando a
serpente, incorporando o diabo, estabeleceu um diálogo com a
mulher até conseguir ludibriá-la (Gn 3.1-5). Sendo assim, a
Bíblia é o livro que nos dá a história do espiritismo. A Bíblia, no
livro do Êxodo, mostra que os antigos egípcios não
desconheciam os chamados fenômenos espíritas (veja que os
magos foram chamados por Faraó para repetirem os milagres de
Moisés, Êx 7.10-12; 8.18).
A atitude de Deus para com os praticante da necromancia foi
de proibição, sendo sua prática um pecado abominável. O
castigo imposto a quem desobedecesse ao mandamento de Deus
nesse particular - praticando a feitiçaria ou incorporando
espíritos - era a morte (Êx 22.18; Lv 20.27). Igualmente eram
amaldiçoados aqueles que procuravam ou consultavam
“espíritos familiares e feiticeiras” (Lv 19.31; 20.6).
Daniel, o profeta, faz inúmeras menções aos magos e
astrólogos (Dn 1.20; 2.2,27; 4.7; 5.7), familiarizados com os
caldeus na arte da interpretação de sonhos e visões,
prevalecendo sempre contra eles. O profeta Isaías também
levantou sua voz contra os antigos espíritas que profetizavam
para o povo de Israel (Is 8.19; 19.3; 47.9). O Rei Saul, antes da
sua apostasia, quando ainda se submetia à direção de Deus,
desterrou os praticantes do espiritismo, abolindo toda
modalidade de prática espírita (1 Sm 28.3,9). Da mesma forma
fez o reto rei Josias (2 Rs 23.24,25).
A Bíblia registra igualmente a queda do rei Manasses como
consequência do seu envolvimento com o espiritismo (2 Rs
21.6; 2 Cr 33.6). A Bíblia também registra que a tentativa do
homem de procurar conhecer o futuro e os mistérios do
Universo por meio de adivinhação, encantamentos e feitiçarias
desagrada a Deus. Os egípcios, os caldeus e os povos de Canaã
estavam envolvidos com essas práticas; elas não desapareceram,
apenas mudaram de rótulo no decorrer dos séculos.
Em 1848, houve um recrudescimento do espiritismo em
Hydesville, Nova Iorque, por intermédio de Kate e Margaret
Fox, as duas mais conhecidas promotoras do espiritismo no
século XIX. (Para outras referências bíblicas sobre o espiritismo,
recomendamos verificar os seguintes textos: Êx 8.18; Lv 19.31;
1 Sm 15.23; 2 Rs 9.22; 2 Cr 33.6; Dn 2.2; Mq 5.12 e Na 3.4.)
O espiritismo moderno
A casa da família Fox, na América do Norte, foi
desmanchada e reconstruída em outro lugar, com a seguinte
inscrição: "O espiritismo se originou nesta casa em 31 de março
de 1848".
Kate e Margaret nasceram em Hydesville, uma aldeia perto da cidade de Rochester, Nova Iorque. Era um lugar muito pobre, com casas de aspecto humilde, geralmente de madeira. Seus pais eram metodistas e tinham mais filhos. A família Fox passou a residir nessa casa em 11 de dezembro de 1847, e tudo transcorria bem até meados de março de 1848, quando começaram a ouvir se golpes nas portas e objetos que se moviam de um lugar para outro em determinadas ocasiões, assustando as crianças.
Às vezes, a vibração era tanta que as camas tremiam. Nessa data, Margaret tinha 14 anos e Kate 11. Finalmente, na noite de 21 de março de 1848, a jovem Kate desafiou o poder invisível e repetia o barulho como um estalar de dedos.
O desafio foi aceito e cada estalar de dedos era repetido, o que surpreendeu toda a família. Dessa forma se estabeleceu contato com o mundo invisível, e a notícia alastrou-se por outras partes, admitindo-se que tais espíritos eram dos mortos.
Uma fraude
Essas meninas tornaram-se médiuns e durante trinta anos
entregaram-se à produção de fenômenos que passaram a ser
conhecidos praticamente em todo o mundo. Mas o que ninguém
esperava, é que elas fossem se retratar depois de tanto tempo,
reconhecendo o engano que haviam difundido.
No dia 21 de outubro de 1888, a Sra. Margaret Fox Kane,
realizou pela primeira vez seu intento de, com os próprios
lábios, denunciar publicamente o espiritismo e seu séquito de
truques. Apresentou-se à Academia de Música de Nova Iorque
perante uma numerosa e distinta assembléia e, sem reservas,
demonstrou a falsidade de tudo quanto no passado fizeram - ela
e a irmã - sob o disfarce da "mediunidade espírita".
"A Sra. Kane (Margaret) manteve-se de pé sobre o palco;
tremendo e possuída de intensos sentimentos, fez uma aberta e
extremamente solene abjuração do espiritismo, enquanto a Sra.
Catharine Fox (Kate) Jencksen assistia de um camarote vizinho,
dando, por sua presença, inteiro assentimento a tudo que a irmã
dizia" (The World 22/10 1888, citado no livro O Espiritismo no
Brasil, p. 444).
A traiçoeira propaganda espírita
O espiritismo arroga para si a condição de ser o autêntico
cristianismo. Será?
"A doutrina espírita nos ensina a praticar o cristianismo em
sua forma mais pura e simples. Assim, o espírita procura ser um
bom cristão. Ele sente que precisa combater seus próprios
defeitos e praticar os ensinamentos de Jesus" (O Espiritismo
em Linguagem Fácil, p. 61).
Para "praticar o cristianismo em sua forma mais pura e
simples", em primeiro lugar, seria preciso que o espiritismo
tivesse sua base na Bíblia e suas crenças fossem as mesmas do
cristianismo histórico.
Não é o caso. Razão pela qual o espiritismo usa falsa
propaganda quando afirma essas e outras mentiras,
entre as quais destacamos:
Allan Kardec afirma que os espíritas são os mais genuínos
cristãos: para isso aplica duas estratégias:
"E preciso que nos façamos entender. Se alguém tem uma
convicção bem assentada sobre uma doutrina, ainda que falsa, é
necessário que o desviemos dessa convicção, porém pouco a
pouco, eis porque nos servimos, quase sempre, de suas palavras
e damos a impressão de partilhar de suas idéias, a fim de que ele
não se ofusque de súbito e deixe de se instruir conosco" ("O
Livro dos Médiuns", Allan Kardec: Obras Completas, 2a edição.
Opus Editora Ltda.,1985, p. 495).
O texto acima tira a máscara cristã que Allan Kardec
pretende dar ao espiritismo:
a) primeiro, "nos servimos... de suas palavras";
b) segundo, “damos a impressão de partilhar de suas ideias”.
Com que propósito? "A fim de que ele não se ofusque de
súbito e deixe de se instruir conosco".
Assim, para atingir seu objetivo, elogia Jesus Cristo: “Qual o
tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir
de guia e de modelo? Jesus". Segue-se uma declaração de Allan
Kardec, nos seguintes termos: "Jesus é para o homem o tipo de
perfeição moral a que pode aspirar uma humanidade na Terra.
Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina
que ele ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque ele
estava animado pelo Espírito divino e foi o ser mais puro que já
apareceu na terra" (O Livro dos Espíritos, p. 171).
Qual o cristão que não concordaria com essas declarações
sobre Jesus e seus ensinos? Encontramos aprovação bíblica para
essas declarações em Hebreus 7.26 e Mateus 3.16,17.
Mas, logo em seguida, aparece na boca dos espíritos as
seguintes palavras que contradizem a posição antes adotada com
relação à pessoa e ao ensino de Jesus:
"Se Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, que utilidade
tem os ensinamentos dos espíritos? Poderão eles ensinar alguma
coisa além do que ensinou Jesus?
Os ensinamentos de Jesus eram freqüentemente alegóricos e
na forma de parábolas, dado que ele falava de acordo com a
época e os lugares. Hoje, é preciso que a verdade seja inteligível
para todos, razão por que é preciso explicar e desenvolver esses
ensinamentos, tão poucos são os que compreendem e ainda
menos os que os praticam. Consiste nossa missão em abrir os
olhos e ouvidos a todos, para confundir os orgulhosos e
desmascarar os hipócritas, esses que exteriormente se revestem
das aparências da virtude e da religião para melhor ocultarem
suas torpezas" (Ibidem, p. 172).
Com essa explicação dada pelos espíritos, Kardec se vê no
direito de remover da Bíblia o que ela diz contra o espiritismo. O
que for contra o espiritismo, pode-se alegar que fazia parte dos
ensinos parabólicos ou alegóricos de Jesus. Jesus adverte, em
Mateus 7.15, para se ter cuidado com os falsos profetas, vestidos
de ovelhas, mas na verdade lobos destruidores
Em breve a terceira Parte, e também em breve teremos
seminários sobre seitas e religiões em nossa igreja.
Tenório Cavalcanti
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