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O Jornal Nacional transmitido pela Rede Globo(17) me chamou atenção, sobre o primeiro debate politico, transmitido pela TV, nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 1960, a improvável vitória do então senador John F. Kennedy foi atribuída a alguns fatores. Mas o ponto chave e determinante para que o democrata tirasse os republicanos da Presi­dên­cia, o que já se estendia por dois mandatos, foi a TV. A utilização estratégica desse meio –– que em 1960 já estava em processo avançado de popularização –– começou no primeiro debate político transmitido pela TV nos Estados Unidos entre Kennedy e o então vice-presidente Richard Nixon.

Tratado como o “Grande Debate”, a programação foi assistida por aproximadamente 70 milhões de espectadores, onde Nixon, que não apostou na publicidade da transmissão, parecia abatido,mas era apenas a aparência fisica de Nixo, ele era Franzino. Logo, a confiança de Kennedy lhe garantiu a boa impressão dos eleitores e alguns analistas apontam que sua “vitória” nesse primeiro debate foi essencial para lhe garantir as eleições daquele ano, no qual o que mais os eleitores ficaram impressionados foram a aparência e a postura de Kennedy.

Caso semelhante ocorreu em 2008, também nos Estados Uni­dos, ano que Barack Obama se viu como pioneiro no uso da internet em campanhas. Por meio das redes sociais, Obama conquistou um espaço significativo entre os eleitores, o que também foi determinante no resultado, isto é, na sua ascensão à Presidência da maior potência mundial.

Nos dois casos, há certo louvor em relação às conquistas, sobretudo quanto aos meios utilizados para alcança-los. São os ventos da novidade. A curiosidade humana gera interesse a tudo que é novo. Contudo, há algo de superestimado em todas essas questões. É o que aponta o pesquisador Gean Carvalho, presidente do Instituto Fortiori, e o publicitário Renato Monteiro.

Carvalho relata que de fato é o conjunto das ações que define o quadro político. “Nenhuma campanha é decidida por um fator em particular”, diz ele, que também questiona o papel das redes sociais nesse processo. Ele argumenta que se a pessoa não tem acesso à TV, quem acha que haverá internet de qualidade no mesmo local? “E mesmo que o número de acesso à internet seja crescente, as pessoas não estão nas redes sociais para discutir política. Pelo menos é o que apontam as pesquisas que eu já fiz e vi. A internet depende da iniciativa do usuário, a TV não”, declara.

O pesquisador diz ainda que atribuir a vitória de Obama à utilização das redes sociais é uma concepção errada. “O Obama, que foi candidato a fazer o melhor uso desse ambiente em uma campanha, ganhou a eleição devido ao forte sentimento de mudança que havia naquele momento nos Estados Unidos. Qualquer candidato que fizesse oposição ao [George] Bush ganharia as eleições. Logo, se lá, onde o acesso à internet é infinitamente maior que o nosso, as redes sociais não foram um fator decisivo, aqui muito menos.”

Assim, para ele, a TV ainda é o principal veículo de comunicação a ser usado em uma campanha, pois pesquisas realizadas nas eleições passadas mostram que quase 80% da população tem acesso à TV por meio de antenas convencionais. Ou seja, podem ver as propagandas eleitorais. “Não é atoa que todos os partidos fazem de tudo para ampliar suas alianças, pois cada partido aglomera mais tempo de rádio e TV ao candidato que está brigando por votos”, diz.

Já Monteiro não acredita que a internet seja um veículo determinante no papel eleitoral devido ao fato de que toda mídia nova causa certo frisson nas pessoas. Porém, passado o “boom” de interesse ela se assenta na relação com as outras mídias. Foi assim com a TV em relação ao rádio, que, por sua vez, se pôs em sobreposição aos mecanismos impressos, etc. Dessa forma, o publicitário concorda ao colocar a TV como mecanismo principal no período eleitoral, mesmo que a internet seja um fator importante em relação à mobilização, dada sua agilidade. “Duvido que nos municípios em que não pegam o sinal de TV aberta e em que o eleitor precisa usar a parabólica, ele vá ao supermercado ou no bar e ouça alguém falar sobre os argumentos apresentados por um candidato na internet. É mais provável que isso ocorra em relação à TV”, diz.

Segundo ele, uma campanha bem estruturada aposta na interação das mídias à luz de uma estratégia baseada em pesquisas e programa de governo –– que é englobado no discurso do candidato. “O humor do eleitor sofre uma série de influências conjunturais que vão desde fatores econômicos até o surgimento de insatisfações e inseguranças. E medimos isso no decorrer da campanha com pesquisas qualitativas”, aponta.

Fora isso, é preciso considerar que o eleitor é influenciado e leva em conta os argumentos que são colocados durante a campanha, mas tudo isso é relativo, nem as pesquisas são exatas, o mundo da política é dialético. “Vence quem sabe jogar melhor”, diz Monteiro, “pois se uma eleição fosse feita sobre fórmulas ficaria difícil, por exemplo, virar o jogo em prol de um candidato que está em baixa nas pesquisas”.

Mas a grande realidade é que as redes sociais na política vem tomando um grande espaço, pois por ela o candidato e o eleitor tem contato direto e em tempo real, as redes sociais tornou-se a maior marqueteira politica de todos os Tempos, avencemos juntos se não seremos atrasados amanhã.

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Escrito por Tenório Cavalcanti

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