Personalidades que marcaram e fizeram histórias em São José

Relacionar personagens que mais se destacaram ou contribuíram de uma forma significativa para a formação da história, cultura e o desenvolvimento de uma comunidade, requer um trabalho de pesquisa que abrange consultas literárias e entrevistas com inúmeras pessoas, dentre as quais os próprios personagens e seus familiares.

Pediria compreensão e desculpas às inúmeras pessoas vivas e aos familiares das falecidas que, devido à alguma impossibilidade, não tiveram suas biografias descritas nesta edição, assim como desejaria ressaltar que a escolha dos biografados não teve qualquer conotação política, financeira, de credo ou raça, observando que os prefeitos do município estão citados no título “Poderes Públicos”.

Ailton Coelho de Ataíde

Nasceu em Maragogi-AL, em 13 de dezembro de 1926, tendo sido casado com Júlia Porto de Ataíde, com quem teve 5 filhos, falecida em 1996.

Iniciou a trabalhar como aprendiz de alfaiate, passando depois a comerciário e por último como avaliador e técnico judiciário do município, após concurso aos 22 anos, tendo ainda sido vereador e presidente da Câmara de Vereadores.

Alice Antônia da Conceição

Conhecida como Louinha, nasceu em Porto de Pedras-AL, em 01 de março de 1927, tendo passado a morar em São José da Coroa Grande em 1946. Teve dois filhos, sendo casada em segunda núpcias, após viuvez aos 22 anos. 

Participou ativamente dos eventos populares como quadrilhas, cirandas e em especial dos pastoris, quando lembra com prazer e saudade de componentes como Socorro de Inaldo, Nita de Nair, Zezinha e Nijalma.

Amaro Antônio da Silva

Nasceu no Engenho Camutenga, em Barreiros-PE, em 24 de dezembro de 1927, sendo casado com Maria Luzinete Santos da Silva, com quem teve 15 filhos. Começou a trabalhar com 15 anos na construção e manutenção de edificações e cercas.

Passou 42 anos como funcionário da Usina Central Barreiros e desde 1965 mora no Engenho Tentugal, na antiga residência do mestre-de-linha, onde ainda mantém uma oficina de ferreiro no oitão da casa. É uma pessoa que recebe com distinção os visitantes, prestando informações sobre a história do local.

Amaro Eleotério de Oliveira

Nasceu em Barreiros-PE, em 1930, tendo sido registrado em 29 de novembro de 1938. Começou a trabalhar aos 13 anos como carregador de água para os trabalhadores diaristas, chamados de eitos, depois como batedor de pasto, tirador de leite, vendedor de bananas e no corte de cana, chegando a ser presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São José da Coroa Grande em 1975, função com a qual está comprometido até 2005.

Trabalhou nos engenhos Morim, Pau Ferro, Linda Flor, Outeiro Alto, Pau Amarelo, São Pedro, Samba e Serra d´Água, dos quais lembra com humor e prazer as histórias passadas.

Amaro José da Silva

Nasceu em Maragogi – AL, em 05 de julho de 1922, sendo casado com dona Maria José da Silva, com quem teve 25 filhos, dos quais apenas quatro sobreviveram. Ainda criança foi para o Engenho Manguinhos, em São José da Coroa Grande, para trabalhar na limpeza do mato, corte de cana e depois como tirador de coco. É considerado um dos moradores mais antigos e conhecedores da cultura da região rural.

Amaro Lopes da Silva

Nasceu em 08 de maio de 1917 e passou a morar na vila de Várzea do Una em 1945, sendo casado com Rosália Vieira da Silva.

Trabalhou no armazém da Usina Rio Una até 1957 e depois passou a ser prático de barcaças no estuário do Rio Una. Lembra com lucidez que na época do grande tráfego eram 10 práticos na região e que cobravam 2 mil reis e 5 tostões para cada barcaça que entrava ou saia da barra.

Amaro Ricardo da Silva

Nasceu em Barreiros-PE, em 18 de setembro de 1973, passando a morar no Engenho Arassú em 1985, sendo casado com Josefa Maria Monteiro Esperidião, com quem teve 4 filhos.

Iniciou a trabalhar no campo aos 12 anos e em 2003 era presidente da Associação dos Trabalhadores Rurais do Assentamento Arassú, onde demonstra grande habilidade no trato com a terra, as pessoas e articulação com movimentos sociais.

André Dahoui

Nasceu em Batna, na Argélia, então departamento francês, em 21 de maio de 1925. Trabalhou em consulados, hotéis e multinacional francesa, tendo conhecido a cidade de São José da Coroa Grande em 1971, onde passou a morar.

Fundou e administrou até 1998 o Hotel e Restaurante do Francês, conhecido pela cozinha internacional, e hoje transformado na Alameda do Francês. Trata-se de uma pessoa bastante distinta e culta e um pensador e leitor insaciável.

Antenor Barros de Melo

Conhecido como Mosquito, nasceu em Várzea do Una, em 10 de março de 1934. Dentre as funções que exerceu estão a de trabalhador braçal, comerciante de pão, passador de jogo de bicho, balanceiro da colônia de pesca, zelador de escola, fiscal da prefeitura municipal e barbeiro. É casado com Maria Lídia de Barros Melo, com quem teve 10 filhos.

Na vida pública foi vereador de São José da Coroa Grande e na vida religiosa auxiliar, diácono e presbítero na congregação da Assembléia de Deus. Trata-se de uma pessoa que tem prazer em auxiliar os que dele necessitam.

Antônio Expedito Lages

Nasceu em Maragogi-AL, em 25 de julho de 1932, passando a morar em São José da Coroa Grande em 1953. Iniciou a trabalhar aos 9 anos no corte da cana, depois passou a ser mecânico, operário da usina e ambulante. É casado com Maria de Lourdes Gonçalves Lages, com quem teve 8 filhos. Distinto, devoto e trabalhador incansável, é considerado o mais antigo evangélico do município, tendo sido sagrado em 26 de agosto de 1947.

Antônio Fernando da Silva

Nasceu em Maragogi-AL, em 13 de junho de 1947, tendo ainda jovem trabalhado no transporte de cana ( cambitagem ) e passado a morar no Engenho Manguinhos, em São José da Coroa Grande, em maio de 1977.

É conhecido pela atividade nos movimentos sociais, cultura geral e inteligência, tendo chegado a ser representante do MST e Presidente da Associação de Moradores do referido engenho em 2001.

Antônio Francisco de Melo Neto

Conhecido como Neto de Maruzinha, nasceu no Engenho Tentugal, em 05 de novembro de 1966, sendo casado com Maria Goreti Neves de Andrade Melo, com quem teve 2 filhos.

Começou a trabalhar aos 13 anos em agropecuária, tendo depois passado a administrar o Engenho Brejão, que pertencia ao seu pai João Francisco de Melo, juntamente com seu irmão João Francisco de Melo Júnior.

Foi Secretário de Obras do governo Gilvan Lins e vereador, tendo chegado a ser presidente da Câmara.

Antônio Gomes de Melo

Nasceu em Barreiros-PE, em 22 de fevereiro de 1940, tendo passado a residir em São José da Coroa Grande em 1956. Começou a trabalhar com 7 anos amarrando cana e limpando mato e depois passou a ser trabalhador braçal e em 29 de junho de 1969 foi eleito presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São José da Coroa Grande, tendo permanecido no cargo até 1975, passando depois a ser secretário, função que desempenha desde então. Também foi vice-prefeito eleito na gestão de Valéria Cardoso Lins. É casado com Maria de Fátima Gomes com quem teve 12 filhos.

O “Sr. Antônio do Sindicato” como é conhecido, é um batalhador das causas trabalhistas dos canavieiros, lembrando com detalhes fatos que ocorreram durante décadas de atividades.

Antônio Tenório de Lima

Conhecido como Sr. Antônio da Agulhinha, nasceu no Engenho Arassú, em 14 de setembro de 1946, tendo 3 filhos. Iniciou a trabalhar aos 12 anos no corte e cambitagem de cana e limpeza de mato, passando depois a ser pescador, sendo ainda proprietário de um dos mais tradicionais bares de praia de São José da Coroa Grande.

Arlindo Cidrin da Silva

Nasceu em Maragogi–AL, em 14 de março de 1912, passando a morar em São José da Coroa Grande em 09 de agosto de 1923. Foi proprietário da tradicional casa comercial Farol do Povo, que comercializava tecidos, calçados, ferragens e miudezas.

O Sr. Arlindo, como é chamado, se constitui em um livro aberto sobre a história do município, se deleitando em discorrer com espiritualidade sobre os principais fatos ocorridos que tem lembrança.

Bartholomeu Pereira da Silva

Conhecido como Nenga, nasceu em Rio Formoso-PE em 21 de outubro de 1940 e desde os anos 70 participa ativamente da história da cidade, cabendo ao mesmo a participação da criação da bandeira do município.

Jornalista, pesquisador e escritor, desempenhou as atividades de jornalista da Sudene e Jornal do Comercio e também de professor do curso de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco, merecendo registro a competente forma idealista e sarcástica de ver o mundo.

Benedita Maria da Conceição

Conhecida como Bita, nasceu em Maragogi-AL, em 11 de janeiro de 1928. A ex-pescadora e hoje aposentada é uma apaixonada pela vida assim como foi por muitos homens, mas amada por poucos, como ela diz, registrando ainda que as maiores decepções foram os maridos ruins que teve e as melhores alegrias quando os deixava. Teve 7 filhos, todos já mortos.

Trata-se de uma pessoa muito querida na comunidade de Várzea do Una, pela forma aberta de comunicação e facilidade de fazer amizades, com humor e sarcasmo.

Carlindo Francisco das Chagas

Nasceu em São José da Coroa Grande, em 02 de abril de 1940, sendo casado com Luzinete Maria Lins das Chagas, com quem teve 8 filhos.

Iniciou a trabalhar aos 8 anos em biscates, tendo chegado a possuir 10 barcos de pesca, quando resolveu em 1988 ser proprietário de pousada.

Carlos Alberto de Miranda Silva

Nasceu em Barreiros-PE, em 17 de dezembro de 1959, sendo casado com Catarina Modesto Keherle de Miranda, com quem teve 1 filha.

Desde cedo participa ativamente na comunidade de São José da Coroa Grande, na área de plantação de cana-de-açúcar, tendo passado por vários engenhos, dentre os quais Tentugal, em São José da Coroa Grande, onde participou dos graves conflitos com camponeses e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, em 2001.

Em 2002 passou a investir no ramo de gastronomia, em São José da Coroa Grande e Ipojuca e no cultivo da cana-de-açúcar no município de Amaragi. É conhecido pela coragem, atividade e alegria contagiante.

Carlos Xavier Paes Barreto Sobrinho

Nasceu em Vitória–ES, em 18 de agosto de 1926. Casado e pai de cinco filhos, começou a trabalhar como revisor da Folha da Manhã, depois como fiscal de rendas e advogado. Foi nomeado juiz de direito em 03 de outubro de 1957, tendo sido titular das comarcas de Bodocó, Petrolândia, São José da Coroa Grande, Quipapá, Água Preta, Nazaré da Mata, Caruaru e Recife. Em 20 de dezembro de 1984 foi nomeado desembargador, função que exerceu até a aposentadoria, em 16 de agosto de 1996.

Foi nomeado juiz de São José da Coroa Grande em 02 de maio de 1962, tendo sido responsável pela instalação da comarca, em 15 de maio do mesmo ano. Observa-se que foi agraciado com o título de Cidadão Coroense, justificado pelas ações e providências tomadas para o engrandecimento da cidade durante e após ter sido juiz da comarca.

Cícera Cordeiro de Sousa

Nasceu no Crato-CE, em 29 de janeiro de 1971, passando a morar em São José da Coroa Grande em janeiro de 1990, após ter estudado no convento em Água Preta, sendo casada com Maurício Manoel dos Santos, com quem tem uma filha.

Foi a primeira professora da Escola Espírito Santo e em 2003 atuava como professora do laboratório de informática da Escola João Francisco, pertencendo ainda ao Conselho Tutelar de São José da Coroa Grande.

Edivaldo Vasconcelos da Silva

Conhecido como Marinho, nasceu em Barreiros-PE, em 22 de janeiro de 1978, tendo iniciado a trabalhar aos 12 anos em fiteiro de cigarros. Se formou em contabilidade e desde 1982 passou a residir em São José da Coroa Grande, atuando no ramo de alimentos, administrando empresas com grande visão e seriedade.

É casado com Anne Kelly Cristina da Silva Nascimento, que também atua como empresária e participa ativamente na comunidade na coordenação de instituições filantrópicas, como a Casa de Apoio.

Egnês Maria Miranda

Nasceu em São José da Coroa Grande, em 09 de outubro de 1957, sendo casada com Amaro Antônio Ramos, com quem teve 9 filhos.

Possuidora de grande carisma, é líder comunitária do Engenho Serra d´Água ( Assentamento Nova Esperança ), onde também é parteira, acumulando mais de 20 partos, e agente comunitária de saúde.

Eliete Maria da Silva

Nasceu em São José da Coroa Grande, em 12 de junho de 1962. Casada com Rodolfo Valentino Rocha Veras, começou a trabalhar como professora em 1983, na Escola Municipal João Francisco, onde chegou a ser supervisora em 1987 e depois diretora em 1990. Neste período fez cursos de técnico em contabilidade e licenciatura em letras. É presidente da Associação Municipal das Mulheres de São José da Coroa Grande, vice-presidente da Federação das Mulheres Pernambucanas e pessoa de grande prestígio na comunidade.

Assumiu seu primeiro mandato como vereadora em 1993 e depois em 1997, com a maior votação obtida por pleiteante ao cargo até então, com 389 votos, tendo chegado a ser presidente da Câmara de Vereadores em 1999.

Elio de Souza Vanderlei

Nasceu em Gameleira-PE, em 05 de dezembro de 1934, sendo casado com Ana Maria da Silva Vanderlei, com que teve 3 filhos.

Iniciou a trabalhar no ramo de comércio até ser designado tabelião de São José da Coroa Grande, quando da instalação da comarca, onde passou até 1989, depois tendo ido para o tabelionato de registro de imóveis de Rio Formoso.

Genival de Paula Couto

Nasceu em Altinho-PE, em 15 de setembro de 1937, sendo casado com Gersina Clara Couto, com quem teve 8 filhos.

Chegou em São José da Coroa Grande em setembro de 1968, onde instalou uma pequena barraca na beira da praia para vender caldo-de-cana e pão-doce, que logo depois passou a se chamar de Castelinho Drink´s e logo em seguida no Bar Castelinho, o mais antigo e tradicional bar do município.

Gianfranco Armellin - Pe

Nasceu em Conegliano – Itália, em 02 de fevereiro de 1939, tendo iniciado a trabalhar desde cedo na agricultura. Depois foi seminarista e se ordenou em 13 de outubro de 1963.

Após seis meses, foi designado para a paróquia de Palmares e em seguida para as paróquias de Joaquim Nabuco, Barreiros, Rio Formoso e São José da Coroa Grande, onde está desde 11 de novembro de 1995.

Gideon Alexandrino de Melo

Conhecido como Deon, nasceu em São José da Coroa Grande, em 16 de outubro de 1968. É casado com Joselita Fernandes de Souza Melo, com quem teve 3 filhos, tendo iniciado a trabalhar com marcenaria, auxiliando os pais.

Passou a pintar telas aos 22 anos e logo depois paredes, já tendo executado mais de 40 trabalhos em alto relevo, sempre explorando a natureza e espécies marinhas. Seus trabalhos já ultrapassaram as fronteiras do município e inspiraram outros artistas, como seu irmão, o jovem e talentoso Oseas Alexandrino de Melo, nascido em 1981.

Gildo Bandeira de Melo

Nasceu em Barreiros-PE, em 22 de fevereiro de 1938, tendo começado a trabalhar com 10 anos em barracão, estribaria, serviços do campo e na administração da Usina Santo André, tendo chegado em Abreu do Una em 1986, após se apaixonar por Lindalva Carolina Santos Wanderley.

Desde então trabalha no transporte de pessoas e cargas entre Abreu do Una e Barreiros, utilizando um caminhão Ford F 350, ano 1972 adaptado para ser um chamado “Pau-de-arara”, com capacidade para 25 pessoas, observando que não é permitido o embarque pessoas embriagadas.

Heleno Caetano da Silva

Nasceu em Bezerros-PE, em 21 de dezembro de 1947. É casado com Maria Lídia Gomes da Silva, com quem teve 3 filhos. Trabalhou em empresa de ônibus, hotéis e CIBRAZEM, antes de adquirir um barco de pesca. É presidente da Colônia de Pescadores Z9, de São José da Coroa Grande, desde 1988 até 2005. Dentre as realizações estão as ações desenvolvidas nos financiamentos pelo Banco do Nordeste, resultando em 11 barcos e uma fábrica de gelo com capacidade de 3.100 kg/dia. Liderança, energia e bom humor são algumas de suas características.

Izaltino Pereira Guerra

Nasceu em Recife-PE, em 28 de agosto de 1930, tendo iniciado a trabalhar aos 13 anos, no ramo de serraria, depois passando a morar em São Paulo e trabalhar na industrialização de fibra de coco. É casado com Carmem Dolores Barreto Guerra, com quem teve 4 filhos.

Seu espírito empreendedor fez com que em 26 de fevereiro de 1962 implantasse a indústria Fibras do Nordeste S.A, em São José da Coroa Grande, para extração e industrialização da fibra de coco produzida na região e que em 2003 ainda processava cerca de 40 ton/mês e mantinha uma média de 30 empregos diretos.

Janete Buarque da Silva

Nasceu em São José da Coroa Grande, em 02 de outubro de 1941, sendo casada e mãe de 4 filhos, dentre os quais uma freira, que é o seu maior orgulho.

Desempenhou com competência e liderança vários cargos como funcionária pública municipal, merecendo registro o fato de ter sido a primeira vereadora eleita do município e ter atuado como presidente do Praesídio da Legião de Maria, além de Zeladora do Apostolado.

João Batista Matos

Conhecido como João da Mata, nasceu no Engenho Queimadas em 12 de fevereiro de 1929, sendo casado e pai de 9 filhos, tendo começado a trabalhar com 14 anos na limpa de mato e corte de cana.

É considerado o mais antigo morador da região dos Engenhos Queimadas e Tentugal e muito estimado pela comunidade local.

João Constantino Gomes Ferreira Neto

Nasceu em Recife-PE, em 09 de fevereiro de 1956, passando a morar em São José da Coroa Grande em 1978, sendo casado com Lindaura de Melo Gomes Ferreira, com quem teve 2 filhas.

Em 1972 jogou pelo Sport Clube do Recife e depois passou a trabalhar na FEBRM/FUNDAC, como monitor e técnico de nível superior. 

Formado em Letras e Administração e pós graduado em literatura brasileira, em 2003 era chefe do Departamento de Letras da Faculdade da Mata Sul e Secretário de Planejamento da Prefeitura Municipal de São José da Coroa Grande, depois de ter sido Secretário de Turismo.

João de Oliveira Bello

Nasceu em Recife-PE, em 29 de setembro de 1930, passando a morar em São José da Coroa Grande com 1 mês de vida. Filho de Antônio Valdemar de Aciolly Bello, foi casado com Marta Maria de Barros Bello, com quem teve 5 filhos. Trabalhou desde os 12 anos em loja de tecidos do pai, depois no Instituto de Fermantação e na Defesa Sanitária Animal.

Foi plantador de cana no Engenho Queimadas de 1960 a 1972 e desde então planta cana no Engenho Araguari, em Barreiros. Foi diretor do Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado de Pernambuco por 3 mandatos consecutivos.

É conversador dos bons, possuidor de uma extraordinária memória e grande senso de responsabilidade e humor.

José Antônio do Nascimento

Conhecido como Zé Miau, nasceu em São José da Coroa Grande, em 03 de julho de 1943, sendo casado com Maria José do Nascimento, com quem teve 14 filhos.

Trabalhou como pescador, pedreiro e agricultor. Sua alegria contagiante e capacidade de comunicação estão retratadas como idealizador e coordenador da manifestação folclórica Bumba-meu-boi, que durante as décadas de 1070 e 1980 mexiam com a cultura do município.

José Barbosa de Andrade

Nasceu em Recife-PE, em 09 de setembro de 1941, sendo casado com Valdenir Oliveira Barbosa, com quem teve 3 filhos. É um empresário de grande visão desenvolvimentista e ousadia, demonstrada pelos empreendimentos do Grupo JB Andrade, que tem nos ramos de infraestrutura, exportação, turismo e lazer os principais negócios.

Passou a investir em São José da Coroa Grande em 1982, tendo com principais empreendimentos os loteamentos Belo Mar ( 1982 ), Praia do Coqueiral ( 1983 ), Rio Mar ( 1990 ), Posto Costa Dourada ( 1995 ), Condomínio Costa Dourada ( 1995 ) e Edifício Costa Dourada Residence, com 16 pavimentos, 148 apartamentos e 17 lojas ( 2001 ).

José Basílio de Oliveira

Nasceu em Várzea do Una, em 27 de janeiro de 1918, onde trabalhou como barcaçeiro desde ainda jovem, transportando açúcar do Porto do Gravatá, em São José da Coroa Grande, para o Recife.

Foi casado com Alaíde Francisca de Oliveira, com quem teve 12 filhos, sendo possuidor de uma memória invejável e grande cortesia ao receber as pessoas. É conhecido por todos como, quando jovem, possuidor de uma excepcional força física, conseguindo empurrar na vara barcaças, lanchas e jangadas.

José Bernadino Santos

Conhecido como Zé da Véia, nasceu em São José da Coroa Grande em 21 de maio de 1920, sendo viúvo e pai de 22 filhos. Iniciou a trabalhar aos 12 anos como pescador, com o padrinho Amaro Firino dos Santos, e depois embarcado nas barcaças do porto de Gravatá.

Trata-se de uma personalidade histórica na comunidade, sendo possuidor de uma memória e disposição invejáveis e de uma alegria contagiante.

José Duque Cavalcanti Lima

Nasceu em Tacaratú-PE, em 10 de março de 1934, tendo se formado em medicina em 1960, se especializando em doenças tropicais e medicina do trabalho. Trabalhou na Usina Central Barreiros de 1962 a 1979 e depois como médico do Estado de Pernambuco desde 1993.

Foi diretor do Hospital de Barreiros e presidente do Clube Caiadores, nos áureos tempos de festas cheias de glamour, tendo São José da Coroa Grande da Coroa Grande como sua casa.

José Epifanio de Carvalho Neto

Nasceu em São José da Coroa Grande, em 13 de abril de 1924. Trabalhou em plantação de coco, foi alfaiate em cidades da região da mata sul e serviu ao exército dos 21 aos 13 anos. Depois foi motorista, gerente do SAPS (COBAL) em Barreiros, fiscal e tesoureiro da prefeitura de São José da Coroa Grande.

Quando vereador e presidente da Câmara, deu posse ao seu pai Antônio Bernardino de Carvalho Sobrinho, que era vice-prefeito, com a morte do então prefeito João Francisco de Melo. Casou em 1955 com Azenete Calado, com quem teve 11 filhos, dentre os quais o prefeito Quirino Fábio de Carvalho e a Cidadã Coroense Juliete do Carmo Carvalho.

José Gonçalves da Silva

Conhecido como Dudeca, nasceu no Engenho Araguari, em Barreiros-PE, em 07 de outubro de 1966, tendo passado a morar no Engenho Tentugal em 1968.

Casado com Rosinete Maria da Silva, com quem teve 3 filhos, iniciou a trabalhar no campo aos 11 anos pastorando gado, depois adubando e pulverizando cana e carregando caminhão como funcionário da Usina Central Barreiros, até 1998, quando passou a ser agente de saúde do município e também o primeiro presidente da Associação dos Trabalhadores Rurais Assentamento Tentugal, tendo participado ativamente de conflitos agrários pela posse de terra.

José Leão Braga

Conhecido como Zuzinha, nasceu em São José da Coroa Grande, em 12 de abril de 1951, sendo casado com Amara Lúcia Alves da Silva, com quem teve 4 filhos. Começou a trabalhar aos 15 anos na pesca de anzol e depois na pesca embarcada e também como barraqueiro na praia, onde através do carisma consegue atrair biriteiros de todos os níveis sociais em animadas rodas de conversa.

Conta que por volta de 1973, juntamente com o pescador Ademir, pescou o maior peixe que se tem notícia na Colônia Z9, um cação tigre ( cação jaguara ) com mais de 500 kg, que lamenta não ter fotografado, pois naquela época não existia o costume de fotos dos feitos extraordinários.

José Maia da Silva

Nasceu no Engenho Itabaiana-AL, em 21 de abril de 1939, mas registrado como 1938, sendo casado com Eronides Batista da Silva, com quem teve 3 filhos.

Residiu nos engenhos Queimadas, Campinas e Arassú, depois se estabelecendo como dono de barracão nos engenhos Mundo Novo, Manguinhos e por último Tentugal, quando chegou em 13 de janeiro de 1980 e onde mora desde então, sendo uma pessoa muito estimada na comunidade.

José Reis dos Santos

Conhecido como José Piau, nasceu em Água Preta-PE, em 05 de janeiro de 1944, tendo chegado em Várzea do Una em 1956, onde começou a trabalhar no corte de cana. É casado com Ernestina Patrocínio dos Santos, com quem teve 15 filhos.

Empresário do setor de transporte coletivo, foi vereador atuante na defesa da comunidade de Várzea do Una e presidente do Clube Canarinho, lembrando sempre das iniciativas tomadas quando desempenhava tais funções.

José Salvelino da Silva

Conhecido como Cal, nasceu no distrito de Várzea do Una, em 06 de junho de 1948. Casado e com seis filhos, trabalhou como pescador até 1983 e depois como funcionário público até 1988, quando passou a ser comerciante de pescados. Desde 1993 é taxista, tendo fundado a Associação Coroense de Taxistas em 13 de outubro de 1999, onde desde então desempenha as funções de presidente.

Josefa Maria Farias

Conhecida como Finha, nasceu em Cabo de Santo Agostinho-PE, em 15 de agosto de 1922, tendo chegado em Várzea do Una em 1930, quando da revolução. É filha do negociante de peixes, e por um bom tempo comissário de polícia, Pedro Henrique da Silva. Casou aos 15 anos com o barcaceiro Lídio Cecílio de Farias e teve 21 filhos, sendo mãe, avó e bisavó de grande parte dos habitantes de Várzea do Una.

Líder na comunidade e católica fervorosa, conta com lucidez os fatos históricos ocorridos na comunidade.

Josias Feliciano dos Santos

Nasceu em Cachoeirinha-PE, em 10 de maio de 1942. Casado, pai de 11 filhos e evangélico, trabalhou nos engenhos Buenos Aires, Campinas, Araçú, Tibiri, Bom Retiro e Bom Jardim e nas usinas Catende, Pumaty, Cucaú, Caxangá e Barreiros. Aposentou-se quando desempenhava a função de administrador do Engenho Tentugal, local onde passou a morar definitivamente e gozar de grande prestígio.

Juliete do Carmo Carvalho

Nasceu em Água Preta-PE, em 03 de agosto de 1956, passando a morar em São José da Coroa Grande aos 23 dias de vida, onde casou e teve duas filhas. Trabalhou na mercearia do avô Antônio Bernardino até os 23 anos. Desde 1975 trabalha como professora da Escola Carlos Dias. 

Em 1985 fundou o Colégio Antônio Bernardino, em 2002 recebeu o título de Cidadã Coroense e em 2003 ganhou o concurso para o Hino de São José da Coroa Grande. Foi ainda secretária de educação do município de janeiro de 1997 a setembro de 1998.

Lúcio Cláudio Pedroza de Melo

Nasceu em São José da Coroa Grande, em 05 de março de 1949, sendo casado com Ângela Helena Lundgren de Melo, com quem teve 3 filhos.

Geólogo e empresário de grande visão, atua no ramo de supermercado e hotelaria em São José da Coroa Grande, e também como plantador de cana no município de Tamandaré, tendo participado da Associação dos Fornecedores de Cana e do Sindicato dos Plantadores de Cana de Pernambuco, chegando ainda a presidir a Associação dos Agricultores da Mata Sul.

Luiz Acioli Vasconcelos

Conhecido como Lula, nasceu no Engenho Tentugal, em São José da Coroa Grande, em 24 de setembro de 1928, sendo casado com Benedita Antônia da Silva Vasconcelos, com quem teve 3 filhos.

Trabalhou como motorista no ônibus da Expresso São José, que fazia a linha São José da Coroa Grande – Barreiros, os primeiros destinados ao transporte coletivo, conhecido como a “Sopa do Lula”.

Luiz José de Moraes

Nasceu em Recife-PE, em 15 de maio de 1930, tendo iniciado a trabalhar no município de Salgadinho, pastorando gado. É casado e sem filhos e desde 1988 morador de São José da Coroa Grande, onde é próspero comerciante de móveis e confecções, também atuando na rede hoteleira.

Luis Sávio Loureiro da Silveira

Nasceu em Niterói-RJ, em 24 de agosto de 1972. Foi serventuário da justiça e advogado no Rio de Janeiro, delegado de polícia no Rio Grande do Norte, defensor público em Minas Gerais e desde 01 de outubro de 1999 promotor de justiça de Pernambuco.

Após atuar em Serra Talhada, passou a acumular as comarcas de Rio Formoso, Barreiros e São José da Coroa Grande, onde está desde fevereiro de 2002, tendo por este município uma especial estima.

Manoel Alves de Barros (Manoel do Armazém)

Natural de Limoeiro-PE, em 03 de outubro de 1929, tendo sido casado com Helena Gomes de Melo com quem teve 13 filhos.

Chegou em São José da Coroa Grande em 1980 e com muita dedicação e trabalho tornou-se um dos maiores comerciantes do ramo de materiais de construção de toda a região da mata sul de Pernambuco.

Fundou em 1999 a Casa de Apoio, com a ajuda do Pe. Franco, que em 2003 funciona como associação e abriga cerca de 60 crianças de rua.

Trata-se de uma pessoa muito respeitada na comunidade pela forma de tratamento e ajuda aos que necessitam e às crianças. Em reconhecimento aos trabalhos realizados para a comunidade, foi-lhe conferido o título de Cidadão Coroense.

Manoel Antônio Gomes

Conhecido como Néo, nasceu em Maragogi-AL, em 18 de dezembro de 1952. Iniciou a trabalhar como ajudante de cozinha no Lar Ana Luiza, tendo depois sido cozinheiro de barracão de empresa de engenharia e por último como cabeleireiro em São José da Coroa Grande, onde chegou em 1985 e quando passou também a tomar parte ativamente em blocos e troças carnavalescas.

Tem especial habilidade nas decorações de festas e preparações de noivas e de comidas especiais.

Márcia Rejane Gomes da Silva

Nascida em Gameleira-PE, em 30 de setembro de 1962, passou a morar em São José da Coroa Grande em 1998,sendo casada com Robson Gomes da Silva.

Atua na comunidade como assistente social do município e participa ativamente da cultura local, tendo fundado o Grupo de Danças Flor da Terra, com o qual participou de eventos internacionais, como apresentações da França em comemoração aos 500 anos de descobrimento do Brasil e depois, em 2001, o Grupo de Danças Flor do Litoral.

Maria do Carmo Batista Barbosa da Silva

Nascida em Pombos-PE, em 26 de janeiro de 1962, sendo casada com Flávio George da Silva, com quem teve 2 filhos.

Passou a morar em São José da Coroa Grande em 1990, quando assumiu o Cartório de Registro Civil, sendo uma pessoa com possuidora de grande carisma e dedicação ao trabalho.

Maria do Carmo Gomes

Conhecida como Maria da Vam, nasceu em São José da Coroa Grande, em 30 de março de 1936. Casou aos 15 anos e depois de seis meses teve a família envenenada, quando morreu a avó a mãe ficou cega. Aos 17 anos passou a trabalhar como garçonete no bairro do Recife e depois em São José da Coroa Grande, como mensageira de recados telefônicos do posto da Telpe. Teve 22 filhos de 19 pais diferentes. Fala sobre tudo o que se passou na sua vida com extrema simplicidade, naturalidade e senso de humor, cabendo ainda lamentar o falecimento de importante político em sua morada.

Maria do Carmo dos Santos da Silva

Conhecida como Carminha, nasceu em Abreu do Una, em 11 de outubro de 1958, sendo casada com Fausto Bernardo da Silva, com quem teve 8 filhos.

Iniciou a trabalhar desde cedo na pesca do caranguejo e em 1997 instalou o Bar do Piriquito, considerado como centro da gastronomia de frutos do mar e manguezais do Rio Una na região.

Trata-se de uma líder comunitária, pela forma ativa de participação na comunidade, uma cozinheira de mão cheia e uma comerciante que trata funcionários e clientes de uma forma amistosa e irreverente.

Maria das Dores do Nascimento

Conhecida como Dolores, nasceu em São José da Coroa Grande, em 20 de setembro de 1936, tendo 5 filhos.

Iniciou a trabalhar com 14 anos, plantando batatas e vendendo peixe em Barreiros, percorrendo o trajeto às vezes à pé com caixas na cabeça e outras de ônibus ou caminhão, até ser proprietária de um dos primeiros bares de praia.

Maria Helena Barreto Leão

Nasceu em Bonito-PE, em 10 de março de 1947, passando a morar em São José da Coroa Grande em 1969, tendo sido casada com Galba Marinho Leão.

Após trabalhar como governanta, passou a negociar com fogos e depois com bebidas e tira-gostos, até fundar o restaurante à la carte Aconchego, depois transformado em Self Service Caseiro da Helena.

Tem um jeito especial em lidar com a preparação de alimentos e tratar os clientes.

Marinita Verçosa Vasconcelos

Nasceu em Maragogi–AL, passando a morar em São José da Coroa Grande em 1951. Foi a primeira secretária da Prefeitura Municipal e também professora e tabeliã do Cartório do Registro Civil de 08 de abril de 1965 a 30 de março de 1990.

É considerada uma das mulheres mais ativas, elegantes e distintas do município e também possuidora de uma memória privilegiada.

Moldávia de Aguiar Cavalcanti

Nasceu em Angelim-PE, em 30 de abril de 1934, passou a residir em São José da Cora Grande em 1950, sendo casada em segundas núpcias com Gilberto Luiz Cavalcanti. 

Pedagoga e líder comunitária, foi fundadora e primeira diretora do DERE de Barreiros e também Secretária de Educação dos municípios de Barreiros e São José da Coroa Grande. No campo da cultura fundou o Bloco Carnavalesco Bandeira Branca, em 1971, tendo ainda especial dedicação à poesia e pintura de paisagens de São José da Coroa Grande. Moldávia faleceu no dia 02 de outubro de 2016.

Nestor José de Arruda

Nasceu em Abreu do Una, em 26 de outubro de 1907, tendo sido casado e criado 6 filhos.

Iniciou a trabalhar tombando casca de coco quando ficou órfãos aos 7 anos. Depois passou a ser pescador aos 14 anos, sendo considerado o maior pescador de rede de arrasto da região, como lembra com orgulho e risos, profissão que somente se afastou após ficar deficiente visual, por volta de 1980.

Odamar Antonello

Nasceu no Rio Grande do Sul, em 28 de julho de 1945, tendo passado a morar em São José da Coroa Grande em 1996, após ter sido agricultor, seminarista e bancário.

É empresário do ramo hoteleiro e divulgador incansável da região, participa ativamente de ações objetivando a melhoria da qualidade de vida da comunidade, juntamente com sua esposa Vanda Maria, tendo fundado e sido o presidente da Associação dos Micro Empresários.

Reginaldo Clóvis Nascimento

Nasceu em Água Preta-PE, em 06 de março de 1932, tendo passado a morar em São José da Coroa Grande em 1971, onde foi auditor fiscal da Secretaria da Fazenda. Sócio fundador do Lyons Club de Barreiros, também participou ativamente de ações paroquiais.

Ricardo França Gomes Ferreira

Conhecido como Ricardão, nasceu em Recife-PE, em 25 de agosto de 1966, sendo casado com Consuelo Gomes Ferreira, com quem teve 2 filhos.

Desde cedo cuidou em administrar os bens deixados pela família Gomes Ferreira, herdando também a prática da ajuda comunitária.

Roberto Brito Bezerra de Melo Neto

Nasceu em Recife-PE, em 22 de dezembro de 1977, tendo iniciado a trabalhar em fazendas de coco em Maragogi-Al e administrando bens do Grupo Othon

Foi proprietário de locadora de veículos, administrador de engenhos em Barreiros e Santo André e por último na Fazenda Manguinhos, uma propriedade de 1600 hectares com 24.000 toneladas de cana/ano, 58.000 pés de coco e ainda criação de búfalos, onde mantém cerca de 100 empregos diretos, sendo o maior empregador privado de São José da Coroa Grande.

Pertence a Associação dos Plantadores de Cana e do Sindicato dos Cultivadores de Cana de Pernambuco e tem como hobby o mergulho e a pesca submarina.

Rogério Lins e Silva

Nasceu em Recife-PE, em 01 de outubro de 1961, sendo entretanto considerado Palmarense, onde morou desde os primeiros dias de vida. Casado com Eudes Lins e Silva, com quem teve 2 filhos, escolheu São José da Coroa Grande como morada desde 1994.

Foi comerciante e escriturário antes de se formar em direito em 1987. Juiz de Direito desde 04 de dezembro de 1991, passou pelas comarcas de Bodocó, Exu, Cupira, Lagoa dos Gatos e Panelas, até chegar em Barreiros onde está desde 22 de dezembro de 1997, sendo também juiz eleitoral de São José da Coroa Grande.

Na Faculdade de Direito de Caruaru foi professor de Direito Civil de 1994 a 1997 e também atuou na Escola Superior de Magistratura em 2002.

Rosalves da Fonseca Lins

Nasceu em Palmares-PE, em 12 de julho de 1912, tendo começado a trabalhar no campo desde pequeno, nas Usinas Catende, Trapiche, Santo André e Central Barreiros, como apontador, administrador, fiscal e por último gerente de campo do Engenho Tentugal, onde era homem de confiança e braço direito e forte dos proprietários da Usina Central Barreiros.

A robustez do homem que teve 10 filhos e tinha como hobby patrulhar as terras montado nos cavalos conhecidos por Tesouro e Gato, era contraposta à forma doce de tratar os cachorros Dick e Danúbio e os inúmeros curiós, patativas, sabiás, xexéus e burguesas, sem falar nas mulheres, por quem tinha uma especial admiração.

Santina Gomes da Silva

Nasceu em Caruaru-PE, em 22 de maio de 1922, tendo ido morar em Japaratinda-AL, na época chamada de Japaratuba, onde conheceu o caminhoneiro Manoel Firmino da Silva, Manoelzinho, passando a residir em São José da Coroa Grande em 1940.

Artesã, confeccionava colares, brincos e pulseiras de búzios, que eram exportados para a Suíça, através de uma cooperativa de artesãos.

Saulo David de Melo

Nasceu em Caruaru-PE, em 23 de março de 1968, sendo casado com Edna Monteiro Morais de Melo, com quem teve 3 filhos.

Passou a morar em São José da Coroa Grande em 1992, se estabelecendo no ramo farmacêutico. Em 2003 chegou a presidente do Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente e participou ativamente da fundação da Casa de Passagem

Saulo Suitberto Wanderley Arcoverde

Nasceu em Vitrória de Santo Antão-PE, em 06 de junho de 1947, sendo casado desde 1986 com determinada, amável e conhecedora da vida social de São José da Coroa Grande a Sra. Inês Costa Santiago Ramos.

Depois de trabalhar no Grupo Votorantim, passou a morar em São José da Coroa Grande em 1984, onde se tornou empresário do ramo imobiliário, material de construção civil, comércio e hotelaria.

Sebastião Plácido de Oliveira

Conhecido como Tião, nasceu em Maragogi-AL, em 16 de dezembro de 1929, tendo passado a residir em São José da Coroa Grande em 1964. 

Casado com Amara Maria Cruz de Oliveira, com quem teve 8 filhos, trabalhou em engenhos e plantações de arroz até 1973, quando passou a ser funcionário da SANEPE ( efetivado em 21/04/1974 ), depois COMPESA, em 1978, onde desempenhou funções até 1994.

Durante esse tempo participou da instalação de estações de captação e tratamento de água e redes de distribuição no município, tendo acionado a bomba de água quando da inauguração das instalações, em 21 de janeiro de 1973.

Ubirajara Garcia Ziemens

Conhecido como Bira, nasceu em Jaguarão-RS, em 21 de setembro de 1951, tendo passado a morar em São José da Coroa Grande em 1980. Trabalhou na Empresa Brasileira de Engenharia, Caixa Estadual do Rio Grande do Sul e depois no Banco do Brasil, onde se aposentou.

O gaúcho que fincou raízes na comunidade é empresário do setor náutico, mergulhador e membro do Clube Falcões de Aço, sendo casado com Rosiene Nepomuceno Carnaúba.

Walter Farias Sales

Nasceu em Barreiros-PE, em 23 de julho de 1949, mas desde os primeiros dias passou a morar em Várzea do Una. Trabalhou como técnico agrícola da LASA – Engenharia e Prospecção, sendo casado e pai de 5 filhos.

De palavra fácil, herdada do pai e ex-vereador Wilson Cardoso Sales, foi na vida pública foi vereador, vice-prefeito e também desempenhou as funções de prefeito, quando do afastamento do então prefeito Ciro Telles, de 30/04/1984 a 09/05/1984.

Wilson Cardoso Sales

Nasceu em São José da Coroa Grande, em 05 de novembro de 1919, sendo casado em segundas núpcias com Nair Faria de Cardoso Sales, com quem teve 8 filhos, após ter ficado viúvo de Antonieta, que faleceu de parto, juntamente com seu filho. 

Conhecido por sua persistência e facilidade de fazer amizades, trabalhou durante anos como carpinteiro, construindo e reformando embarcações em Várzea do Una, tendo sido aprendiz do mestre Manoel Maroca.

Atuou de forma destacada como vereador por vários mandatos e teve ainda como atividade secundária a pescaria.

Wilson Luiz da Silva

Nasceu em Pesqueira-PE, em 08 de dezembro de 1954, passando a morar em São José da Coroa Grande em 20 de maio de 1994. Começou a trabalhar como carpinteiro, depois como escrevente e desde 1994 desempenha as funções de tabelião do registro de imóveis, tendo participado da escrivania da comarca.

Yvon Bezerra de Andrade

Este personagem é citado como uma homenagem ao município de Barreiros, sendo o mesmo considerado como um historiador de renome e profundo conhecedor da região, tendo no curriculum vários trabalhos e palestras sobre o tema.

Nasceu em Camocim de São Félix-PE, em 24 de fevereiro de 1929, sendo casado com Maria Clotildes de Andrade, com quem teve 8 filhos. Chegou em Barreiros em 12 de outubro de 1931, quando São José da Coroa Grande era distrito, e onde reside desde então, tendo sido por toda a vida profissional datilógrafo da Usina Central Barreiros.

Zonari Tadeu Wanderley Sanguinetti

Nasceu em Barreiros, em 15 de fevereiro de 1962, passando a morar em São José da Coroa Grande em 1992, sendo casado com a professora Lícia de Souza Leão Sanguinetti, com quem teve dois filhos.

Funcionário da justiça estadual, foi no período de 1990 a 1995 proprietário do Cine Record II, no bairro de Pau-a-pique, e desde 1996 passou a se dedicar ao pitoresco Zom-bar, localizado na praça da Gameleira, onde ainda passa algum tempo curtindo Nick, seu papagaio de estimação.

Zuleide Alves Pereira de Souza

Nasceu em São José da Coroa Grande, e, 16 de fevereiro de 1922, tendo sido casada com José Rodrigues de Souza, com quem teve 4 filhos.

Filha do sapateiro e depois apontador do Engenho Tentugal Joaquim Honório Alves Pereira e de Maria Zeferino dos Santos, naturais de São José da Coroa Grande e neta do Honório Alves Pereira, barraqueiro do Engenho Tentugal

É possuidora de uma caligrafia invejável e tem como hobby a costura e bordado. Lembra com extrema lucidez e humor a participação em teatrinhos de escolas e de carnavais, onde foi porta-bandeira do clube Cinco Diabos.

( IN MEMORIAM )

Amaro de Vasconcelos Lemos

Nasceu no engenho Pracinha, distrito de Barreiros-PE, em 29 de janeiro de 1910, tendo chegado em Várzea do Una em 1943, época em que existiam menos de 100 habitantes, o transporte era feito em cavalos e canoas e a iluminação era através de candeeiro. Com o falecimento dos avós, assumiu a administração da propriedade que tinha 12 hectares.

Era casado com Joana Adriana de Lemos com quem teve 15 filhos, tendo falecido em 17 de agosto de 2001.

Antônio Apolinário dos Santos

Conhecido como Antônio da Dió, nasceu em 12 de novembro de 1924, conforme título eleitor 145892708/33. Era mestre do Samba-de-matuto Leão do Brasil, uma manifestação folclórica característica dos engenhos, que tem em São José da Coroa Grande seu último reduto, vindo a falecer em 12 de março de 2001.

Carlos Dias da Silva

Formado pela Escola Normal do Recife, foi nomeado em fins de 1800, pelo governador, como professor primário em São José da Coroa Grande, função de desempenhou maestria até 1910. Conta a história que casou de cabeça raspada, para justificar o que sempre dizia, que ”casamento era coisa para doido“, mas depois viveu feliz, pelo que se sabe, tendo ainda 5 filhos.

Em virtude da sua presença de espírito e dedicação em ensinar, foi dado o seu nome à escola estadual do município. Não se sabe precisar a data do seu falecimento

Constantino Gomes Ferreira

Coronel e ex-prefeito de Barreiros até 1906, chegou para morar definitivamente em São José da Coroa Grande no ano de 1907, depois veio a falecer no ano de 1908.

Registros dão conta que o coronel utilizava o seu poder para concretizar idéias voltadas para o desenvolvimento de São José da Coroa Grande, observando-se ainda que desde o ano de 1900 passou a adquirir inúmeros pés de coco de vários proprietários e habitantes locais, como João Lins, Luiz Thomaz Rodrigues, Theodomira Rosa de Macedo, Marciano José dos Santos, José Eugenio Acioly, José Francisco dos Santos e Ângela Maria da Conceição, Manoel Costa Leitão, José Filipe Santiago, Jorge Lopes e Ana Fernandes Lopes, Carlos Bispo, Manoel P de Carvalho, Manoel Roque, Honorina Pereira Porto, José Carlos de Lima e Antônio Pedro de Melo, entre outros. Tais registros, alguns anotados “à rogo de”, indicam antigos habitantes e proprietários de terras em São José da Coroa Grande no século XIX, sendo importante a menção.

Sua bela casa, construída no início do século XX, situada na praça principal do município e que tem o seu nome, foi por longo tempo considerada como um símbolo arquitetura moderna e da forma do bem receber, por onde obrigatoriamente passaram todas as autoridades civis, militares e eclesiásticas que visitaram São José da Coroa Grande.

Teve 10 filhos das primeiras núpcias e 5 filhos das segundas núpcias, também chamada de leito, conforme registro de partilha, com Anna Luiza Gomes Ferreira, a dona Lulu, sendo eles: José Constantino Gomes Ferreira, nascido em 1893; Tereza Gomes Ferreira, nascida em 1984; João Gomes Ferreira, nascido em 1985; Maria do Carmo Gomes Ferreira, nascida em 1897 e Joana Gomes Ferreira, nascida em 1900.

Earl Anton Nielsen Jr.

Nasceu no Arizona-EUA, em 19 de março de 1916, e após morar 25 anos no Havaí, correu o mundo trabalhando em ciências agrárias, pela empresa American Factory. Em 31 de maio de 1966 casou com a barreirense Maria Vera Acioli Lins Nielsen e desde fevereiro de 1979 morava em São José da Coroa Grande.

Foi escultor de grande talento, tendo na arte chinesa, africana e dos incas a maior inspiração. Foi também malacologista e conquiologista ( estudioso e colecionador de moluscos ) e presidente de honra da Associação Coroa Grandense de Artes e Letras, tendo falecido em 17 de abril de 2002.

Estácio de Albuquerque Coimbra

Nasceu em 02 de outubro de 1872, no engenho Tentugal, em terras de São José da Coroa Grande, na época Barreiros, tendo se casado com a sinhazinha Dondon, com quem teve 3 filhos. Se formou em direito pela Faculdade de Direito do Recife em 1892. 

Era proprietário do Engenho Morim, em terras de São José da Coroa Grande, na época distrito de Barreiros, e da Usina Central Barreiros. Merece ainda registro a forma varonil e galanteadora de Estácio Coimbra, as andanças pelos canaviais, os jogos amistosos de bilhar e o gosto pelas fritadas de aratu e pelos pitus do Rio Una.

Em Barreiros fundou o Partido Republicano Federal e depois eleito prefeito, entre 1895 e 1897. Foi governador Interino de Pernambuco em 1911, para administrar a eleição de Rosa e Silva, quando da renúncia de Herculano Bandeira, tendo perdido o controle da situação e renunciado. Depois voltou à política em 1915, como deputado federal. Foi ainda deputado estadual por 3 mandatos, sendo o primeiro em 1894, acumulando como prefeito de Barreiros, deputado federal entre 1900 e 1915, senador, ministro da agricultura no governo de Epitácio Pessoa ( 1919 a 1922 ) e Vice-presidente da República no governo de Artur Bernardes, entre 1922 e 1926, época em que o país vivia em permanente estado de sítio. 

Foi governador de Pernambuco entre 1926 e 1930, quando era presidente Washington Luis, tendo sido afastado em 1930, quando da revolução, após ter instalado o governo provisório na sua propriedade na praia do Gravatá, em São José da Coroa Grande, contando com a ajuda de inúmeras famílias da região, dentre as quais Silviano, Fontes, Souza Leão, Constantino e Brandão. 

Com a causa perdida, embarcou em 04 de outubro de 1930 para a “ilha do Gravatá”, juntamente com Lito de Azevedo, Tonico Ferreira, Elpídio Branco, Ramos de Freitas e Gilberto Freyre, conforme Jornal do Recife ( 17/10/1930 ), em rebocador que tinha o seu nome e depois em 5 de outubro de 1930, juntamente com Gilberto Freyre, seu secretário particular, no rebocador “Rio Grande do Sul” até Maceió, tendo de lá partido para Salvador no vapor “Ara”, onde recebeu auxílio de amigos para tomar o vapor francês “Belle Isle”, com destino a Lisboa, com passagem em Senegal. 

No regresso do exílio, aportou em Maceió e se dirigiu ao Engenho Japaraduba, em Palmares, do amigo Pedro Paranhos. Faleceu e foi enterrado em Recife, em 09 de novembro de 1937, no cemitério de Santo Amaro, um dia antes da implantação do Estado Novo, tendo seu corpo sido velado no Palácio Joaquim Nabuco.

Muitas obras importantes tiveram sua assinatura, dentre as quais: ramal ferroviário Bareiros – Ribeirão, ponte metálica sobre o Rio Una, rodovia ligando Barreiros ao Recife, Colégio Agrícola, Hospital Santa Francisca e Escola Superior de Agronomia e Estação Experimental de Cana-de-açúcar de Sapé.

Ivanildo Araújo Silva - (Pastor)

Nasceu em Barreiros-PE, precisamente no engenho São Pedro, em 10 de setembro de 1935, sendo casado com Josefa Maria da Silva. Serviu na Força Aérea Brasileira, onde se aposentou como sub-oficial.

Primeiro pastor da Igreja Assembléia de Deus em São José da Coroa Grande, quando do desmembramento em 1996, na época com 700 membros, número este que em 2003 já se aproximava de 1.900, demonstrando a competência e o carisma na evangelização e pregação da palavra de Deus. Observa-se ainda que neste período foram construídos quatro templos, dentre os quais o templo matriz, na Rua Lídio Florentino, além de várias outras reformas.

Registra-se ainda que aceitou Cristo em 1976, sido separado como auxiliar em 1982, depois diácono em 1985, presbítero em 1986, evangelista em 1996 e consagrado pastor em 2002, tendo falecido em 14 de setembro de 2004.
No dia de seu falecimento o prefeito da época José Barbosa decretou luto e  todos os comércios fecharam as portas no dia do seu sepultamento, a cidade parou, uma multidão vinda de várias cidades, entre algumas podemos destacar: Barreiros,Tamandaré,Rio Formoso e Maragogi-Al, uma multidão incontável vieram ao velório e ao enterro.

João Agostinho do Nascimento

Conhecido como João da Sulina, por ser filho de dona Ursulina, nasceu em São José da Coroa Grande em 30 de maio de 1929, tendo sido casado com Maria da Conceição Sampaio, com quem teve 19 filhos.

Por toda a vida foi farinheiro ( plantador e dono de casa de farinha ), muito católico e também rezador de, entre outras males, de encosto, olhado e derrame.

Faleceu em 02 de junho de 1999, após ter sido acometido de um mal que tirou sua vida em apenas três dias, deixando para os filhos sua casa de farinha, que serve à comunidade em especial do bairro da Mata do Cajueiro.

João Francisco de Melo

Conhecido como Joca, nasceu em São Bento do Una, em 21 de outubro de 1925, tendo sido casado por três vezes ( Ivete Santos, Maria Regina e Amara Tenório ), tendo seis filhos.

Foi sub-prefeito de Puirassu e de depois prefeito de São José da Coroa Grande, tendo como características, segundo os mais antigos, a honestidade de capacidade de espírito público.

Faleceu em 03 de outubro de 1969, vitima de acidente automobilístico, época em que era prefeito do município.

João Leitão Cavalcanti

Conhecido por João Maia, nasceu em São José da Coroa Grande, em 04 de maio de 1926, tendo sido casado com Diva Maria Cavalcanti, tendo criado cinco filhos adotivos.

Após ter trabalhado como agricultor e transportando cargas em caminhão, foi nomeado procurador fiscal de São José da Coroa Grande em 1961, tendo sido depois enquadrado na função de fiscal em 1976, onde permaneceu até a aposentadoria, após 35 anos de serviços prestados, caracterizados pela forma destemida de zelar pelo bem comum, tendo falecido em 3 de janeiro de 2002.

João Ramos Rocha

Nasceu em 24 de maio de 1900, sendo casado sendo casado em segundas núpcias com Josefa de Albuquerque Rocha, filha de Lídio Florentino de Albuquerque, em 09 de maio de 1943.

Foi proprietário de sítios de coco em Peroba, Japaratinga e Barra Grande ( AL ) e São José da Coroa Grande e também comerciante, vice-prefeito eleito de Barreiros em 1951 e sub-prefeito de Puirassú ( São José da Coroa Grande ), vindo a falecer em 23 de julho de 1994.

José Canuto Santiago Ramos

Nasceu no Engenho Gindahy, em São José da Coroa Grande, em 19 de fevereiro de 1895. Casou duas vezes e teve oito filhos. Era uma pessoa conhecida pela paciência, cautela, oratória e cultura geral.

Com o falecimento do pai, passou a administrar os engenhos Bombarda, Soledade e Santo Estevão, além de sítios de cocos.

Foi nomeado prefeito de Barreiros por três períodos: em 1917, aos 22 anos de idade, de 1944 a 1948 como prefeito nomeado e depois eleito de 1947 a 1951. 

Faleceu em 05 de setembro de 1969, após ter fundado o Ginásio Municipal de Barreiros, a Cooperativa Agropecuária de Barreiros e a Casa Bancária Pernambucana, além de executado várias obras em São José da Coroa Grande, quando era distrito de Barreiros.

José Martins

Nasceu em São José da Coroa Grande, em 18 de maio de 1917, tendo sido casado com Antônia Garcia Martins, com quem teve 7 filhos.

Foi capataz da Marinha e gerente do posto médico, onde aprendeu procedimentos de enfermagem, que utilizava para ajudar seus conterrâneos, ficando por isso conhecido e respeitado.

José Otávio Pimentel

Nasceu em Vitória de Santo Antão, em 02 de novembro de 1928, tendo sido casado com Nadir Bezerra Pimentel de Albuquerque, com quem teve 3 filhos.

Passou a veranear em São José da Coroa Grande em 1971, onde construiu uma das mais belas residências do município, atualmente cuidada com esmero pelo filho Sílvio Pimentel.

Iniciou a trabalhar como contínuo do Banco do Povo e chegou à diretoria de operações do Bandepe, quando viabilizou a instalação de uma agência no município. 

Conhecido pela seriedade e idoneidade, faleceu em 16 de novembro de 1986.

José Rodrigues de Barros

Conhecido como Mestre Zuza, nasceu em Várzea do Una, em 24 de setembro de 1944, tendo começado a construir barcos em maio de 1971.

Discípulo do mestre Manoel Maroca, Zuza se tratava do maior expoente em arquitetura e construção naval primitiva do Brasil, com seu estaleiro mundialmente famoso, localizado na mesma vila onde nasceu e de onde nunca saiu, e que a transformou no maior pólo de carpintaria naval do nordeste, onde fez escola de carpinteiros. Lá orientava-os não somente sobre a arte e técnica de construir e reformar embarcações, mas como se pautarem na honestidade e respeito às pessoas e ao meio ambiente.

Zuza se tornou uma das pessoas mais prestigiadas da região e motivo de reportagens em redes de televisão e jornais pela sua competência, autenticidade e atividade no trabalho e humildade na forma de tratar as pessoas e ensiná-las a arte de construir e reformar embarcações. 

Lembrava Zuza que no início as taboas eram contadas com machado, enxó, serrote e serrotão, sendo necessário cerca de 12 meses para construir um barco; que adquiriu sua primeira máquina em 1974, uma serra de fita de 60 cm e que seu primeiro barco, chamado de Garoto, tinha 6 m de comprimento, 2 m de boca e 0,70 m de altura.

Faleceu em 22 de agosto de 2004, tendo sido velado sobre uma máquina de desempeno, na sua serraria, como gostava de dizer.

Josefa Rocha da Silva

Nasceu em Maragogi–AL, em 06 de julho de 1901, passando a morar em São José da Coroa Grande desde 23 de setembro de 1923. Foi por 35 anos funcionária dos Correios. Viúva sem filhos, era possuidora de uma memória invejável e considerada como a mais antiga moradora do município, tendo falecido em 27 de julho de 2004.

Júlio Celso de Albuquerque Bello

Nasceu no Engenho Tentugal, em 28 de julho de 1873, tendo ido morar no Engenho Queimadas com menos de um ano de idade. Com a morte do pai, o Major Ajudante de Ordens José Francisco Bello, em 1898, passou a ser senhor de engenho.

Foi deputado estadual, senador e governador interino na ausência do governador Estácio Coimbra ( 1926 a 1930 ). Com o encerramento da carreira política, em 1930, voltou a morar no Engenho Queimadas. Em 1935, escreveu “Memórias de um Senhor de Engenho” e faleceu em 25 de abril de 1951.

Luiz Lacerda de Melo

Nasceu em Água Preta-PE em 02 de janeiro de 1915, tendo sido casado com Lígia Pedroza de Melo, com quem teve 10 filhos, tendo como orgulho a formação de todos em curso superior.

Pode-se dizer que foi um dos primeiros veranistas de São José da Coroa Grande, tendo participado inclusive da fundação do Clube dos Veranistas. Era conhecido pela capacidade de liderança e inovação, tendo introduzido em Pernambuco o sistema de caregamento de caminhões de cana utilizando carregadeiras. Chegou a possuir cinco engenhos tipo bangüê e 6 barcos de pesca.

Manoel Firmino da Silva

Conhecido como Manoelzinho, nasceu em Garanhuns-PE, em 15 de outubro de 1903, tendo depois de viúvo casado com Santina Gomes da Silva.

Começou a trabalhar como maquinista da Usina Central Barreiros, depois como motorista de táxi, tendo sido seu o primeiro veículo de São José da Coroa Grande, e por fim até se aposentar como proprietário de caminhão que fazia viagens principalmente até Barreiros.

Tinha como principal divertimento a caça de paca, tatu e cotia e faleceu em 28 de março de 1987.

Ruy de Ayres Bello

Um dos dez filhos de Ayres Bello e Aurora Nunes Acioli, nasceu no Engenho Queimadas, no sítio denominado de Riacho dos Bois, em 02 de agosto de 1906, tendo ido para São José da Coroa Grande antes de completar um ano de idade, onde passou até 1908, quando foi morar no sítio denominado “Costa Barros”, em Barreiros, após uma epidemia de varíola que dizimou grande parte da população, inclusive dois dos seus irmãos.

Foi advogado, professor da Escola Normal Pinto Júnior e das faculdades de filosofia do Recife e da Universidade Católica, deputado, historiador, escritor renomado como autor de vários livros e membro da Academia Pernambucana de Letras, onde tomou posse em 14 de setembro de 1964, além de católico fervoroso, merecendo registro a incumbência da saudação feita ao primeiro padre de São José da Coroa Grande. Faleceu em 13 de setembro de 1997.

Tertuliano Alves da Silva

Nasceu em São José da Coroa Grande, em 12 de outubro de 1912, mas somente tendo sido registrado no dia 17 do mesmo mês. Casou com Julita em primeiras núpcias, com quem teve 7 filhos e depois com Maria José ( Maridite ), com quem teve 5 filhos. Foi pescador, comerciário, serralheiro, barcaceiro, fiscal de feira e funcionário da SUDEPE e PDP. Foi também ex-combatente e por 13 anos presidente da Colônia de Pescadores Z9.

Vale registrar a privilegiada lucidez e inteligência, a grande capacidade de memória e o apurado senso de humor.

Faleceu em 23 de janeiro de 2003, tendo sido velado na Câmara de Vereadores de São José da Coroa Grande.

Fonte: Museu do Una
Atualização: Portal de Notícias de São José